Confira a entrevista do deputado federal Fausto Pinato em defesa dos policiais, delegados e agentes de polícia

O que o senhor conseguiu realizar em seu último mandato para a segurança pública e também com a categoria policial?

Desde quando pisei os pés no Congresso tenho lutado para que as mudanças necessárias para a segurança sejam, de fato, discutidas e aprofundadas. Não se faz política de segurança do dia pra noite. Sempre fui um defensor da categoria de policiais. Esse são quem sustentam e que vão sustentar qualquer política nessa área. Não há cidadania plena que não passe pela segurança. O crime no Brasil atingiu uma dimensão epidêmica. Um policial morre a cada quatro dias no meu Estado. Não por doença ou acidente. Eles morrem nas mãos dos bandidos. Isso é uma inversão de valores sem precedentes.

Especificamente quais foram suas ações para a categoria policial de agentes, escrivães e papiloscopistas

Tenho utilizado dos meios que a prerrogativa parlamentar nos dá para defender os agentes federais, das comissões ao Plenário. E sempre estamos à disposição das associações para ouvir suas reivindicações e defender os pleitos da categoria.

Qual a sua avaliação sobre a reforma previdenciária? Gostaríamos de saber também sua opinião sobre esse tema relacionado ao segmento do serviço público.

O Brasil está dando um sinal claro de que é urgente avançar numa agenda de reformas. Aprovamos o teto de gastos públicos, afinal é lógico e racional que não podemos gastar mais do que nossa capacidade de pagar. E agora, temos a previdência. O calcanhar de aquiles do equipe equilíbrio fiscal.

O caminho ainda é longo. Ainda temos muito o que fazer. Temos que tirar da guilhotina a previdência social. É preciso uma reforma pois ninguém governa sem equilíbrio nas contas. O tema é complexo, polêmico, porém, inadiável.  Agora a maneira com que ela será aplicada é que precisa ser bem discutida, inclusive, com a sociedade.

Como resolvermos os problemas nas fronteiras do país?

O que se sabe é que o crime organizado não respeita fronteiras. Ele ataca pelas costas de forma covarde, é impiedoso e desproporcional. A única forma de combatê-lo, acredito, é com planejamento, inteligência e instrumentos sólidos de repreensão. E isso começa com mais policiais, bem preparados, valorizados e bem pagos. É preciso de um “arsenal” de estratégias para que o País atravesse a crise de fronteiras que financia o tráfico e os crimes de todas ordem.

Gostaria de sua opinião sobre o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

Endossei meu apoio ao Projeto desde o inicio. O Sistema Único de Segurança Pública (Susp) corrige um problema histórico de comunicação entre as forças de segurança. Sem dúvida, ele vai permitir compartilhar informações nos cantos do País e garantir mais segurança, inteligência e eficiência à nossa segurança.

Como o senhor avalia a estrutura hoje da Polícia Federal?

Há necessidade, sem dúvida, de mais estruturação. Combater o crime organizado e a corrupção é um desafio diário e pra vencer a criminalidade é preciso estrutura.

Parece milagre a PF ainda conseguir realizar grandes operações de defesa do País. Se consegue, é graças a determinação e ao comprometimento daqueles que, mesmo com as dificuldades, não abrem mão da missão de ser policial.

O que poderá ser a PF nos próximos anos? 

Não posso dizer o que ela poderá ser. Mas o que eu espero que ela seja. Eu espero que ela seja encarada como patrimônio do Brasil, com condições de eficiência e autonomia de primeiro mundo.

Que ela consiga manter o padrão de qualidade duramente conquistado e continuar promovendo a prevenção e a repressão qualificada ao crime organizado e à corrupção.

O que é necessário para melhorar as condições de trabalho de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal?

Com disse anteriormente, o aumento no contingente, salários equiparados à função de soberania que exercem e mais e melhor infraestrutura de trabalho.

 

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