Quais são as economias que mais crescerão no futuro? Em 2001, o economista Jim O’Neill respondeu: Brasil, Rússia, Índia e China. Nascia ali o Bric – o bloco de cooperação entre nações emergentes que uma década depois ganharia a companhia da África do Sul e passaria a ser chamado de Brics.
Ao projetar o crescimento das nações do Brics, O’Neill alertou que elas cresceriam mais do que as economias de gigantes como Alemanha e Japão.
E a projeção se materializou: na época, os Produtos Internos Brutos dos países do Bric, somados, representavam 8 por cento da economia do mundo. Hoje, os PIBs de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ultrapassam 22 por cento das riquezas globais.
Verdade que haveria algumas pedras no meio do caminho. A principal delas foi a crise de 2008, que desacelerou economias no mundo inteiro. E a tendência, atualizada por especialistas, é que o carro-chefe do bloco, a China, siga em desaceleração.
A despeito disso, as projeções são animadoras.
De acordo com a PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo, as economias emergentes de hoje serão maioria na lista de maiores do mundo em 2050 (veja ranking abaixo).
Para fazer a lista, a PwC usou projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país, considerando a Paridade de Poder de Compra (PPC) – método usado em macroeconomia para determinar e comparar a produtividade de cada economia e os padrões de vida em países diferentes ao longo de um determinado período.
O presidente da Frente Parlamentar do Brics na Câmara Federal, Fausto Pinato (Progressistas-SP), acredita que os números e projeções reforçam a necessidade de manter o Brasil no Brics, estreitando as relações entre os países do bloco.
“Os números falam por si. O BRICS é, sem dúvidas, um instrumento valioso para o desenvolvimento estratégico do Brasil e a nossa Frente atuará em prol do fortalecimento dessa importante plataforma de cooperação”, finalizou o deputado.
Veja a lista das dez maiores economias em 2050, de acordo com a PwC:
1. China — US$ 58,499 trilhões
2. Índia — US$ 44,128 trilhões
3. Estados Unidos— US$ 34,102 trilhões
4. Indonésia — US$ 10,502 trilhões
5. Brasil — US$ 7,540 trilhões
6. Rússia — US$ 7,131 trilhões
7. México — US$ 6,863 trilhões
8. Japão — US$ 6,779 trilhões
9. Alemanha — US$ 6,138 trilhões
10. Reino Unido— US$ 5,369 trilhões