Instalada formalmente dia 3 de abril no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar BRICS tem o objetivo de fortalecer as relações entre os países membros do grupo de cooperação política, econômica e financeira formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Presidente da Frente, o deputado federal Fausto Pinato acredita que o momento não poderia ser mais oportuno: ao longo de 2019, o Brasil está na posição de presidente do bloco e em novembro será sede da cúpula. Dezenas de reuniões e fóruns ocorrerão nas diversas regiões do País.

Pinato defendeu a importância do Congresso Nacional se inserir no contexto do BRICS, fomentando o estreitamento das relações com os parlamentos dos países membros, além de abrir diálogo direto entre seus representantes e classes sociais e produtoras.

“Os números falam por si. O BRICS é, sem dúvidas, um instrumento valioso para o desenvolvimento estratégico do Brasil e a nossa Frente atuará em prol do fortalecimento dessa importante plataforma de cooperação”, antecipou o deputado.

A força do BRICS

O BRICS forma um dos blocos econômicos mais fortes do mundo – juntos, seus países representam 30% da superfície terrestre, 43% da população mundial, 21% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 17,3% do comércio global de serviços e 45% da produção mundial agrícola, em conformidade com dados da Organização das Nações Unidas (ONU/FAO) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A história do BRICS

O termo foi cunhado pelo economista inglês Jim O’Neill em 2001 e inicialmente era apenas BRIC, composto por Brasil, Rússia, Índia e China – nações que, segundo economistas como O’Neill, guardavam características comuns, entre as quais estabilidade política, PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento, mão de obra em grande quantidade e em processo de qualificação, níveis de produção e exportação em crescimento.

Mais tarde – em 2011 – o bloco sofreu a adição da África do Sul e passou a ser BRICS.

Juntos, os países membros do BRICS firmaram aliança para ganhar força no cenário político e econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns.

É uma espécie de “reação” a blocos de países ricos como a União Europeia, o grupo formado em 1992 congregando 27 países europeus, e a NAFTA, a união comercial formada por Estados Unidos, Canadá e México, em atuação desde 1991.

Porém, ao contrário da NAFTA e da União Européia – com perfis eminentemente comerciais -, o BRICS não é exatamente um bloco econômico. Em tese, seu objetivo é promover uma associação entre as nações emergentes. Trata-se mais de um “clube político”, potencializando o papel geopolítico das nações.

No BRICS, representantes dos países se reúnem a cada ano, formalizando acordos e medidas.

Características comuns destes países:

  • Estabilização econômica
  • Estabilização política
  • Reservas de recursos minerais
  • Investimentos em setores de infraestrutura
  • PIB em crescimento
  • Melhoria dos índices sociais
  • Diminuição das desigualdades sociais
  • Acesso a informação
  • Mercados de capitais (Bolsas de Valores) com aportes de investimentos estrangeiros
  • Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia.
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